top of page

Se você acha que seu processo de reconhecimento da Cidadania Italiana está difícil...

  • Foto do escritor: Mylene Costa
    Mylene Costa
  • 22 de dez. de 2023
  • 3 min de leitura

Hoje, iremos falar sobre persistência.

Eu sei, eu sei, você deve ter inserido na busca do Google o termo “cidadania italiana” e veio parar neste blog. Você tem ideia de algum outro projeto cujo ingrediente principal seja a persistência? O processo de reconhecimento da cidadania italiana é para os fortes e persistentes. Vou mais longe...além da persistência, uma boa dose de determinação e até um pouco de teimosia que, na opinião de algumas pessoas, é algo negativo.

No meu caso, encaro a teimosia, ou como quer que você queira chamar, fator determinante do sucesso de um empreendimento. Que fique bem claro: teimosia com conhecimento de causa! Há que se superar inúmeras barreiras, dificuldades, imprevistos e até um certo tipo de ameaça...sim, ameaça, que em certas ocasiões, só teimando mesmo. Tá surpreso (a)?

Pois é, este blog tem como propósito te mostrar até onde ou por quanto tempo alguém (no caso eu mesma) é capaz de persistir, insistir e “teimar” para conseguir o sonhado reconhecimento da cidadania italiana.

Para você ter uma ideia, são trinta e sete anos, sim, é isso mesmo que você leu, trinta e sete longos anos de idas e vindas para conquistar a tal da dupla cidadania.

Neste nosso encontro de estreia, vou te falar um pouco de mim e como esse projeto surgiu.

No momento em que estou escrevendo este artigo, tenho 57 anos e alguns meses. Sou casada e não tenho filhos. Sou servidora pública federal e buscadora profissional de documentos, formada pelo Fabio Barbiero que, na minha opinião, é um dos maiores especialistas quando o assunto é reconhecimento da cidadania italiana. Se você não o conhece, sugiro que acesse o site: https://minhasaga.org/

Influenciada pela minha mãe, que achava lindo pessoas que sabiam falar mais de um idioma, resolvi cursar Letras na Universidade de São Paulo e optei pelo italiano, lógico! Sempre gostei das músicas nesse idioma e tinha conhecimento de que meu avô materno era filho de italianos. Até aí, nem imaginava que existia o tal processo de reconhecimento.

Dica: por favor, não saia por aí dizendo que vai “tirar” a cidadania italiana...ninguém tira cidadania...você vai “reconhecer a cidadania italiana”. Sim, reconhecer, pois sendo descendente de italianos, já somos italianos, pelo sangue (iuris sanguinis). Em um outro artigo vou falar sobre isso.

Meus professores eram italianos e, entre meus colegas, surgiu o assunto da cidadania italiana. Sempre tive fascínio pelo exterior e nunca tinha tido a oportunidade de sair do Brasil, até então. Logo me interessei pelo assunto, mas era jovem demais e não trabalhava na época. Totalmente inexperiente. Porém, o “bichinho” do sonho da cidadania italiana havia se instalado, para nunca mais sair! Me formei em 1988 e saí da faculdade fluente na língua italiana.

Meu primeiro emprego foi numa clínica médica, cujo dono era italiano. Por óbvio, cansei de vê-lo partindo para viagens para a Itália, com seu passaporte bordô. Ele tinha uma irmã que morava na Suíça e, quando ela ligava, era eu quem atendia. Havia um som característico nas ligações internacionais e sempre me emocionava imaginando o quão distante ela estava e pensava: será que um dia vou conhecer a Europa?

Um dia, decidi ir ao Consulado italiano, ainda localizado na Av. Higienópolis, em São Paulo, para perguntar como deveria proceder para conquistar a cidadania italiana. Saí de lá com uma lista de documentos, quer dizer, todas as certidões que deveriam ser providenciadas.

Havia perdido meu pai há 3 anos e o pouco que eu ganhava era para ajudar em casa. Minha mãe não tinha ideia de onde encontrar tais documentos e não me apoiou, nem um pouquinho. Engavetei o projeto, por falta de recursos financeiros, de amadurecimento e por puro desconhecimento. Era 1989 e eu estava com 23 anos.

 
 
 

Posts recentes

Ver tudo
Indícios

Onde eu parei, mesmo? Ah, lembrei! Quando eu fui trabalhar em uma multinacional italiana, por trinta dias, para substituir a secretária...

 
 
 
Pura emoção...

Neste artigo, vou te contar minha primeira aventura no exterior. Fui viajar para a Itália a trabalho, mas pude aproveitar bons momentos...

 
 
 

コメント


bottom of page